Quando a Justiça faz justiça: o caso do engenheiro Bruno Maran
Por Valdecir Bittencourt – Canal Viver
A vida pública é cheia de injustiças silenciosas. Às vezes, homens íntegros acabam carregando culpas que não lhes pertencem, simplesmente por estarem no lugar errado, na hora errada — ou pior: por tentarem fazer o certo dentro de um sistema desorganizado. Foi esse o caso do engenheiro Bruno Alexandre Maran, de Itaipulândia, que recentemente teve reconhecida sua inocência pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná.
Durante anos, Bruno carregou nas costas o peso de um processo que o acusava de falhas na fiscalização de uma obra de pavimentação urbana executada em 2017. O valor cobrado dele era absurdo: R$ 725 mil, além de duas multas administrativas, tudo com base em uma suposta omissão em sua função de fiscal do contrato. Um julgamento que ignorava completamente o contexto real do seu trabalho.
Mas agora, a verdade veio à tona. A relatora do recurso, conselheira-substituta Muryel Hey, foi clara em seu voto: Bruno acumulava inúmeras funções dentro da Prefeitura — defesa civil, vigilância sanitária, obras públicas — sem o mínimo de estrutura ou apoio técnico. E mais: não houve má-fé, nem qualquer benefício pessoal envolvido. Ele apenas tentou fazer o possível dentro de um sistema mal aparelhado, como tantos servidores do interior brasileiro.
> “Ficou evidenciado o acúmulo excessivo de atribuições imputadas pela administração, sem a devida estrutura de apoio”, destacou a relatora, ao afastar todas as sanções contra o engenheiro.
A decisão foi tomada por unanimidade pelo Pleno do TCE-PR e representa uma vitória não apenas para o Bruno, mas para todos os servidores técnicos que lutam diariamente em estruturas precárias, sem recursos, mas com senso de responsabilidade.
Falha estrutural, não pessoal
O processo também deixou claro que parte do problema estava no projeto executivo deficiente, feito pela própria Prefeitura, que não previa corretamente serviços essenciais como o reperfilamento das ruas. A empresa contratada, GBVT Engenharia, também foi penalizada, mas com valor reduzido para R$ 142 mil, considerando que as vias foram realmente pavimentadas e vêm sendo usadas normalmente pela população há anos.
É importante lembrar: a má gestão pública não pode ser transferida para o colo de quem tenta cumprir seu papel técnico dentro do caos administrativo. E, nesse ponto, o Tribunal de Contas acertou. Agiu com equilíbrio, justiça e discernimento.
O silêncio que precisa ser quebrado
Decisões como essa raramente ocupam manchetes. Mas precisam ser contadas. Porque em cada cidade pequena do Brasil, existe um Bruno. Um técnico que tenta fazer o certo, mesmo sem equipe, sem orçamento, sem respaldo. E quando algo dá errado, é ele quem vira bode expiatório. Não o gestor. Não os cargos políticos. Mas o servidor.
Hoje, pelo menos neste caso, a justiça foi feita. E o Canal Viver tem orgulho de contar essa história — não como um furo jornalístico, mas como um ato de reparação moral e simbólica.
Que esse caso inspire outras decisões corajosas. E que sirva de alerta para os gestores públicos: é preciso estruturar antes de cobrar. Apoiar antes de punir. Reconhecer antes de acusar.
Parabéns, Bruno. Você não foi apenas absolvido. Você foi honrado.
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