São Miguel do Iguaçu afunda em escândalos e descaso sob a gestão da família
A Prefeitura de São Miguel do Iguaçu, sob a administração Mota, tornou-se símbolo de descaso, nepotismo e uso indevido da estrutura pública. Após anos de promessas vazias, a realidade do município é de abandono nos serviços essenciais (TCE-PR aponta algumas) e escândalos que se acumulam sem qualquer prestação de contas à população.
O caso mais recente envolve sua suposta neta, que teve isenção de taxa no concurso público para a Guarda Municipal sob a justificativa de ser hipossuficiente. O absurdo gerou revolta: como uma neta do prefeito — de uma família que controla secretarias inteiras — pode ser declarada como sem recursos? A resposta parece simples: será privilégio? Ou realmente a neta do prefeito não tem condições financeiras.
A Secretaria de Saúde é comandada pela própria filha do prefeito, consolidando o domínio familiar sobre a estrutura da prefeitura. Enquanto isso, segundo fontes próximas a administração, os postos de saúde enfrentam falta de médicos, exames atrasados e denúncias de má gestão. Em áreas rurais, moradores relatam abandono completo e falta de medicamentos básicos.
A situação expõe não apenas favorecimento pessoal, mas uma gestão viciada, que confunde o bem público com interesses privados. O caso da esposa do prefeito, que ocupou por anos a Secretaria de Assistência Social sem a devida qualificação, só reforça o padrão: nomeações políticas, sem mérito, que penalizam diretamente a população mais carente.
A decisão do Tribunal de Contas (Acórdão 656/25), já transitada em julgado, mostra que os órgãos de controle começam a reagir. Mas ainda falta indignação popular. São Miguel precisa deixar de ser refém de uma dinastia que administra a cidade como se fosse uma extensão da própria casa.
Por Valdecir Bittencourt
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