Enquanto a Polícia Federal investiga a compra de votos no município, outro escândalo começa a ferver nos corredores da Câmara de Itaipulândia: dois vereadores estão sob investigação por suspeita de participação em um esquema de superfaturamento de compras realizadas pela Casa. O processo corre sob segredo de justiça, mas as informações que já circulam são suficientes para causar indignação e revolta na população.
As denúncias são graves: compras com valores inflados, indícios de combinação entre fornecedores e agentes públicos, testemunhas que confirmam a fraude e documentos que, segundo se comenta, não deixam muita margem para defesa. Tudo isso sustentado por provas materiais e relatos de envolvidos.
A pergunta inevitável é: vai dar cadeia para vereador?
E a resposta mais honesta é: deveria.
Não se trata apenas de uma questão legal — que já seria suficiente —, mas de uma questão moral e institucional. Vereadores são eleitos para fiscalizar, legislar e representar o povo, não para saquear recursos públicos nem se enriquecer às custas da confiança que receberam nas urnas. Quando um vereador participa de um esquema desses, ele não só rouba dinheiro, mas também a esperança de quem acreditou que a política poderia melhorar a cidade.
Caso a Justiça confirme as acusações, os envolvidos devem sim perder os mandatos. A Câmara Municipal não pode ser um abrigo para criminosos de colarinho branco. É preciso dar exemplo, mostrar que a lei vale para todos, inclusive para quem ocupa cargos públicos. E se a lei for aplicada com o rigor que a situação exige, a possibilidade de prisão não é remota — é bastante concreta.
O recado que Itaipulândia precisa dar é claro: não aceitaremos vereadores que tratem o dinheiro do povo como se fosse deles. Não aceitaremos superfaturamento, desvio de verbas, corrupção disfarçada de “negócio”.
Se há provas, se há testemunhos, se há materialidade, o que se espera agora é que a Justiça faça sua parte. E que a Câmara, por sua vez, não seja cúmplice por omissão.
Porque cada vez que um vereador rouba e nada acontece, outros se sentem autorizados a fazer o mesmo. É hora de quebrar esse ciclo de impunidade.
E se a pergunta continuar ecoando nas ruas — vai dar cadeia para vereador? — que a resposta seja, finalmente: sim, vai.
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